Teoria de Significado


1.Teoria de Significado

Teorias de significado são teorias que explicam ou não os significados das expressões de uma linguagem. Em filosofia existem dois tipos principais de teoria de significado, a teoria fundamental e a teoria semântica, onde, a teoria semântica è uma teoria que designa conteúdos semânticos a expressões de uma língua e esta, tenta responder a questão: qual è o significado desta ou daquela expressão? e teoria fundamental, afirma os factos em virtude da qual as expressões possuem o conteúdo semântico que elas possuem e responde a questão: em virtude de quais factos sobre a pessoa ou grupo que o símbolo tem esse significado? (LEWIS:88,1970).
Edmundo Husserl (1859-1938), trás-nos uma fenomenologia que pretende superar o positivismo reducionista (que pretende reduzir a realidade aos dados das ciências empíricas), o cepticismo e o psicologismo. (MARTINEZ & CORDÓN:84, 1995)

1.1.Ideia e Objecto da Fenomenologia

A fenomenologia è uma alternativa ao cientismo positivista; com ela poderemos abandonar a situação de crise. O pensamento Husserliano requer uma reforma radical da filosofia. A fenomenologia move-se nas esferas da intuição directa e o passo maior que o nosso tempo tem de dar è reconhecer que com a intuição filosófica no seu verdadeiro sentido, com a captação fenomenológica da essência, se abre um campo infinito do trabalho (ibdem).
A fenomenologia de Husserl caracteriza-se segundo as seguintes notas:
·         A fenomenologia è um método, na medida em que faz da filosofia uma ciência de rigor, face ao relativismo histórico e ao subjectivismo psicológico. Para lograr esta filosofia será necessário uma crítica positiva dos fundamentos e dos métodos;
·         A fenomenologia è uma ciência descritiva, teorética e não interessada, e não interessada em oposição ao pragmatismo e utilitarismo da razão, a fenomenologia descreve as essências assim que estas se tenham intuído; descreve o dado, o manifesto enquanto fenómeno, antes de qualquer pensar teórico;
·         A fenomenologia è ciência dos fenómenos, mas ela entende os fenómenos diferentemente de como entendem, Hume (estado psíquico) ou Kant (o que se opõe à coisa em si). A palavra fenómeno em Husserl, significa o mesmo que a palavra grega phainomenon: o que parece à luz, que se mostra e que consiste nesse seu mostrar-se e com os traços ou aspectos essenciais com que se mostra contínua. A fenomenologia não è um saber de meros fenómenos enganosos mas das próprias coisas, consideradas de tal modo que se apresentam como elas são, sem se deixar deformar por modos acríticos de estudo, ela quer dar o sentido preciso e essencial das coisas de tal maneira que cheguem a ser reveladas por aquilo que unicamente pode empreender semelhante revelação do seu logos que è a consciência pura;
·         A fenomenologia è transcendental, ou seja ciência fundamental e filosofia primeira – ela è ciência fundamental porque fornece os fundamentos do fazer cientifico e da racionalidade da história e da humanidade; è filosofia primeira na medida em que pretende oferecer os princípios puros para levar a cabo essa fundamentação. Assim, nota-se uma estreita relação entre a fenomenologia como ciência dos fenómenos e como ciência fundamental e filosofia primeira na medida em que a fenomenologia oferece o princípio puro e o fundamento da revelação do sentido essencial e originário, do que as coisas são na sua configuração e presença originária. E como a fenomenologia realiza essa função de ser princípio e fundamento, Husserl chama-lhe transcendental;
·         A fenomenologia è  auto-reflexão da humanidade, neste sentido a filosofia tem uma função de humanização do homem e o filósofo é funcionário da humanidade colaborando para que esta se desenvolva e atinja esta razão com qual o homem se descobre responsável do seu próprio ser. A filosofia rebela se contra o mundo técnico, pois a razão do fracasso de uma cultura racional, não se encontra como já se disse na essência do próprio racionalismo, mais unicamente na sua alienação e na sua absorção dentro do naturalismo e do objectivismo (MARTINEZ: 91, 1995).
A essência da fenologia e encarnar absoluta claridade sobre a sua própria essência ou sobre os principio dos seu método. Ela quer ser uma ciência descritiva das essências das vivências puras transcendentais e atitudes fenológicas e esta tem o seu próprio direito de existência, como qualquer uma disciplina descritiva.

1.1.2.O método fenomenológico 

1.2.1.O sentido do método fenomenológico

A fenomeonolgia e um novo modo original e radical de filosofia, cria um estilo novo de filosofar e investiga os presosposto da própria ciência. Contribuem com algo realmente revolucionário e que facilita o desenvolvimento de um novo tipo de filosofia: o método fenomenológico embora exista divergência seu desenvolvimento e a aplicação, tem um estilo de filosofia como a todos fenomenólogo ( Heidegger, Sheler, Merleau-Ponty), (MARTINEZ & CORDÓN:90, 1995).
Husserl  não se situa ao nível das ciências, mas na dimensão originaria do mundo da vida, que supõe a ciência e è esquecida por esta (idem).

1.2.3.Estrutura do Método Fenomenologico 

As fases ou momentos do método fenomenológico são: a atitude natural e a redução, onde na redução encontramos: a epoché ou redução fenomenológica, a redução eidética e a redução transcendental.(idem).
·         A atitude natural- è uma protocrença que consiste em crer na realidade do mundo e de mim mesmo. Mediante o acto de reflexão que è a epoché, è abandonada e adopta-se a atitude refletida, isto è, uma atitude não interessada, com a mudança de atitude, Husserl conseguiu separar o mundo de toda a tese científica.  
·         Redução – pretende encontrar por de trás do mundo reificado a serie de intencionalidades a partir das quais se esboça o especto das coisas que temos diante dos olhos, com a redução, não pretendemos nada que do que è real, mas simplesmente o seu caracter de realidade. A redução afecta as ciências da natureza (destruição do naturalismo e do objectivismo em todas as suas formas) e as ciências do espirito (destruição do espiritualismo e do antropologismo).
·         Na epoché ou redução fenomenológica, suspendemos a crença no ser do objecto, colocamos entre parenteses o mundo natural, as coisas como nos aparecem na atitude natural. Husserl exprime o dizendo que não tomamos o mundo existente, que este dado perante nos de forma constante, como o fazemos na vida pratica natural (MARTINEZ &CORDO: 92,1995).
·         Com a redução eidética , pretende se aceder ao campo da consciência pura . Para Husserl o eidos è essência, pois ele designa essência antes de mais, o que se encontra no ser autónomo de um individuo e que constitui o que ele è. Com esta redução, obtém – se essências universais que serão apreendidas por meio da intuição pura.
·         Com a redução transcendental, atinge – se o plano do eu, e o mundo da experiencia da vida, que è onde se realiza a fundamentação de todas as ciências, não encera a realidade do homem numa rede de casualidades.

1.1.3.A fenomenologia como ecologia pura

Nas meditações cartesianas, Husserl chama à sua filosofia uma ecologia pura , porque o ego ocupa o lugar central do seu pensamento . O ego Husserliano, devera portanto interpretar-se com um eu puro e transcendental.

2.Linguagem

“È um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para comunicação entre pessoas e para expressão de ideias, valores e sentimento” (CHAUI:177, 2000).

 2.1.A Linguística e a linguagem

“Durante o século XIX, o estudo da linguagem ou linguística tinha como preocupação encontrar a origem da linguagem e das línguas, considerando o estado presente ou actual de uma língua com resultado ou efeito de causas situadas no passado” (ibidem).
A linguagem era estudada sob duas perspectivas: a da filologia, que busca a história das palavras pelo estudo das raízes, como propósito de chegar a uma única língua original, e a da gramática comparada, estudava comparativamente as línguas existentes com o propósito de encontrar famílias linguísticas e chegar à língua-mãe original. Nesses estudos, retomava-se a discussão sobre o carácter natural ou convencional da linguagem, onde os filólogos e os gramáticos tinham em comum a ideia de que as línguas se transformam no tempo e que as transformações eram causadas por factores extralinguísticos como por exemplo: migrações e mudanças sociais e económicas (idem).
A partir do século XX, a linguística elaborou uma nova concepção da linguagem, onde esta, passou a ser constituída pela distinção entre língua e fala ou palavra: a língua è uma instituição social e um sistema que existe com suas regras e princípios, enquanto a fala ou a palavra è o acto individual do uso da língua (ibdem).
Existem dois tipos de linguagem, simbólicas e conceitual, onde a simbólica è fortemente emotiva e realiza-se principalmente com a imaginação, enquanto a conceitual, procura falar das emoções e dos afectos sem se confundir com eles e sem se realizar por meio deles e esta não possui uma natureza imaginativa (CHAUI: 188-189, 2000).
A linguagem è importante porque ajuda o homem a se comunicar em relação com o mundo e com outros seres seja na vida política assim como social.

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