Resumo da Vida e obra de Aristóteles


Vida e obra de Aristóteles

Aristóteles nasceu em Estagira, na Trácia, em 384 a.C., foi discípulo de Platão e cedo se tornou crítico do seu mestre. Na base da divergência estão as influências que cada um deles sofreu. Platão apreciava mais as ciências abstractas e a Matemática, enquanto Aristóteles, por ser filho de um médico, foi fortemente influenciado pelo estudo da Biologia. Assim se justifica o seu gosto pela observação, o que levou a analisar 158 constituições existentes na época. Este estudo fez com a sua política fosse mais descritiva, além de normativa.

Crítica que faz ao seu mestre Platão

Critica o autoritarismo de Platão e não concorda com o idealismo platónico, pois, a cidade é constituída por indivíduos naturalmente diferentes, sendo impossível uma unidade absoluta.

Origem do Estado

O estado é um produto da natureza, e é evidente que o Estado é uma criação da natureza e que o Homem é, por natureza, um animal político. Historicamente explica Aristóteles, o Estado desenvolveu-se a partir da família: a unirem-se, as famílias deram origem a aldeias. Estas desenvolveram-se e formaram as Cidades que é o Estado. Este, apesar de ter sido o último a criar-se, é superior às anteriores uniões da sociedade, pois o Estado é auto-suficiente.
O objectivo é proporcionar felicidade aos cidadãos.
O escopo da vida humana é a felicidade e o escopo do Estado é facilitar a consecução da felicidade.
O escopo do Estado é facilitar a consecução do bem comum.

Homem animal político

Na Grécia antiga, o nascimento das cidades estava ligado às divindades. Cada cidade seria fundada por um Deus ou Deusa que as protegia. Portanto, a observância das leis era considerada uma obrigação religiosa. Esta concepção é notória no pensamento de Platão e Sócrates. Aristóteles foi o primeiro a fundamentar a origem do Estado numa base nacional. A concepção aristotélica do Homem como animal político evidencia a concepção naturalista do estado.

Finalidade da política

Proporcionar o bem comum a justiça e o equilíbrio social. Aristóteles pensava que cada Estado deveria aprovar uma constituição que respondesse às suas necessidades.

Formas de governo

Aristóteles concebeu três formas de organização política (constituições) do Estado que são:
·         Monarquia que significa governo de um homem é teoricamente a melhor forma de governo, porque preserva a unidade do Estado, e facilmente se pode transformar em tirania que é governo de um só homem, que se move por interesse próprio. As sociedades bárbaras, na óptica de Aristóteles precisam da autoridade centralizada na monarquia.
·         Aristocracia que é governo de poucos homens, é um governo de um grupo de cidadãos virtuosos, os melhores, que cuidam do bem de todos. A sua forma corrupta é a oligarquia, que é o governo dos ricos, os quais procuram o bem económico pessoal.
·         República que significa governo de muitos Homens trata-se de um tipo de governo constituído pelo povo, que cuida do bem de toda a pólis cidade.
Quando o povo toma o poder e suprime todas as diferenças sociais em nome da igualdade, este tipo de governo chama-se democracia e é a forma corrupta da República.  

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