Na presente pesquisa, retratarei sobre o dilema do mundo
das artes que è: se a arte è uma recriação ou imitação da realidade. Primeiro
trarei de suscita aquilo è a origem da própria arte, abordarei também sobre as
duas posições e alguns autores que as defendam, onde teremos o caso de Platão e
Aristóteles que falam nos da arte como imitação. Apesar da visão negativa que
Platão concebe arte, ele afirma que arte seria uma imitação da imitação, ou
seja, a arte è um instrumento que deseduca o homem, pois, não atrás a verdade
ao homem. Na arte como recriação recorri a Vigostski e Fischer que afirmam a
arte è um método de recriação da realidade.
Tem como objectivo central procurar e fornecer respostas
coerentes sobre o tema a acima citado, com o intuito de clarificar aquilo que è
o dilema das artes.
O mundo da arte pode ser observado, compreendido e
apreciado é através do conhecimento que o ser humano desenvolve sua imaginação
e criação adquirindo conhecimento, modificando sua realidade, aprendendo a
conviver com seus semelhantes e respeitando as diferenças (AZEVEDO JUNIOR,
2007).
A arte é quase tão antiga quanto o homem, pois a arte é
uma forma de trabalho, e o trabalho é uma propriedade do homem, uma de suas
características e ainda pode ser definido como um processo de atividades
deliberadas para adaptar as substâncias naturais as vontades humanas, é a
relação de conexão entre o homem e a natureza, comum em todas as formas sociais
(FISCHER, 1983).
Essa è uma questão que vem sendo debatida no que diz respeito
ao mundo da arte, o autor da filosofia antiga defende que a arte e pura
imitação da realidade, onde temos o caso de Platão , e por conseguinte temos Vigostski
e Fischer defendem que a arte è uma recriação da realidade.
É um facto que muitas pinturas, esculturas e outras obras
de arte imitam algo da natureza, para ser uma obra de arte tem que ser
produzida pelo homem e imitar algo.
O nosso autor possui uma visão negativa da arte, pois
para ele arte seria prejudicial pois esconde aquilo que è a verdade, arte è uma
espécie de instrumento que serve para corromper o homem.
Mais precisas são as concepções de arte expressas por
Platão no livro décimo de A REPUBLICA. Em todas suas expressões (poesia, arte
pictórica e plástica), a arte constitui, do ponto de vista ontológico, uma ‘‘mimesis’’,
uma ‘‘imitação’’ das realidades sensíveis (homens, coisas, fatos e acontecimentos
diversos). Ora, sabemos que as coisas sensíveis representam, sob o ponto de
vista ontológico, uma ‘‘imagem’’ do eterno ‘‘paradigma’’ da Idèia e, por isso,
se afastam do verdadeiro à medida que a cópia dista do original. Se a arte, por
sua vez, è uma imitação das coisas sensíveis, consequentemente, será ‘‘imitação
da imitação’’e, por conseguinte, permanecera ‘‘três vezes distante da verdade’’
(REALE,1990:150)
Para Platão o mundo è uma copia da ideia, sendo assim
tudo que nele existe serão meras copias desta ideia, a arte toma essa posição
de copia da ideia, o homem tem um objecto de referencia a qual este parte para elaboração
dessa arte, o homem não recria ele apenas faz uma transcrição do que vez para a
sua arte. A arte è aquela que procura reflectir na sua autenticidade a
realidade, aquela que vê o mundo, a natureza como o espelho para as suas obras.
Os que viram de perto são os que mais devemos admirar,
devido à perfeição formal do eu traço, do seu desenho, do seu som. O antigo è,
mais vezes, o autêntico no domínio da beleza: mas o inovador è sempre o
enganador. Porque a experiencia de dez mil insubstituível
O filosofo grego Aristóteles considera natural o homem
imitar, pois è, desta forma que nos aprendemos e porque nòs temos prazer em comparar
a obra de antes com aquilo que ela emita.
Segundo esta concepção, o fim essencial da arte
consistiria na hábil imitação ou reprodução dos objectos tal como existem na
natureza, e a necessidade de uma reprodução assim feita em conformidade com a
natureza, e a necessidade de reprodução assim feita em conformidade com a
natureza seria uma origem de prazer (HEGEL,1993:13).
O homem através da arte busca mostrar a sua criatividade,
suas capacidades que produzir algo novo e significante.
A natureza torna se o objecto alvo para produção da obra,
mas não a imita la como tal, o homem busca na natureza uma inspiração para
chegar a sua obra de arte, este recria ou transforma seu objecto em algo novo e
melhor.
Segundo Fischer (1976) a arte possibilita apreender e
deixar registada de modo criativo as as experiencias e relações humanas.
Vigostski (1999:24) concebe a arte de forma semelhante,
como acção humana intencional que recria a realidade material e transforma o
próprio sujeito, sob a concepção da natureza essencialmente social e histórica
do psiquismo.
A arte da liberdade ao homem a produzir de forma
subjectiva o que ele entende da própria natureza, o homem da à luz as suas
ideias através das suas obras,
Aquilo que coloca
a arte numa posição oposta numa posição oposta às outras actividades humanas
parece-nos ser o seu carácter “não figurativos’’. Pois que ate a Arte mais simples
a arte infantil ou demente e mesmo a arte trivial è ainda transfigurada na medida
em que ultrapassa a realidade vulgar por meio de uma idealização, por mínima
que seja.
Não è a realidade pura, mas uma realidade revista e
corrigida pelo homem que parece nela através da arte (HUSMAIN, 2013:74).
No meu ponto de vista a arte tem de ser entendida como recriação
da natureza.
È na arte onde o homem expressa sentimentos o seu jeito
de pensar, de ver o mundo. Através das suas obras homem busca sempre inovar,
surpreender se ou mesmo testar as suas habilidades de produção e recriação, o
homem ganha liberdade com diz se na gíria popular ‘‘è na arte que imaginação
ganha asas’’.
O homem não limita se a copiar o que já existe, ele
procura apenas inspiração.
A arte da filmagem ou fotografia só è arte quando o executante
cessa de ser simples operador e passa para o nível de verdadeiro criador. Pois
a recriação do mundo è pura criação: e è preciso que exista um pensamento se
poder falar de arte. A reprodução mecânica inconsciente de um autómato sem
espírito não se pode ser considerada arte (HUISMAN, 2013:75).
Na arte procura se a habilidade de cada artista, o
diferente não o comum, aquilo que nos desperte a verdadeira arte, não simples
lembranças do que já conhecêssemos. Pois então para ser artista bastava apenas
saber copiar, assim nunca teríamos recriações ou criações novas, nos
limitaríamos a penas a uma espécie de estagnação da arte, pois sempre teríamos
as mesmas obras. È através da realidade que o artista procura representar algo
diferente ou melhorar quilo que è a própria realidade.
Com o termino do trabalho, pode-se concluir que existe, um
grande dilema no que diz respeito ao mundo da arte que è: A arte è uma imitação
ou recriação da realidade, dilema este que eu encontrei me posicionada na tese
de que a arte è a recriação da natureza, pois o artista vê a natureza como
base, mas não como tela mãe para a sua obra, o homem não faz uma copia da
realidade ele simplesmente a recria, ou seja, transforma o mundo actual ou realidade
na sua própria realidade. A arte è algo que deve ser vista de forma subjectiva,
pois cada vê o seu mundo cria e recria a sua maneira. Imitar seria deseducar o
homem como já bem disse Platão, seria esconder a verdade ao homem, seria
mostrar uma verdade de uma única pessoa, ou seja, seria acreditar na ideia
subjectiva de um artista que fez uma copia de aquilo que ele julgava certo ou
julgava a própria realidade.
AZEVEDO JUNIOR, José Garcia de. Apostila de Arte – Artes
Visuais. São Luís: Imagética Comunicação e Design, 2007. 59 p.: il.
HEGEL, G.W.F.Estètica,
Guimarães Editores, Lisboa, 1993.
HUISMAN, D.A Estética,
tradução do gabinete editorial de edições
70, Portugal, 2013.
REALE, G.Història
Da Filosofia Antiguidade E Idade Media. Volume I, Paulus, São Paulo: 1990.
VIGOTSKI, L.S.Psicologia
Da Arte, Martins Fontes, São Paulo: 1999.
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