Ábaco
O
ábaco é um antigo instrumentos de cálculos, formado por uma moldura com bastões
ou arames paralelos, disposto no sentido vertical, correspondente cada um a uma
posição digital (unidades, dezenas...) e nos quais estão os elementos de
contagens (bolas) que podem fazer-se deslizar livremente.
Teve
origem provavelmente na Mesopotâmia, há mãos de 5.500anos.O ábaco pode ser
considerado como uma extensão do acto natural de se contar nos dedos. Emprega
um processo de cálculo com sistema decimal, atribuindo a cada haste um múltiplo
de dez. Ele é utilizado ainda hoje para ensinar ás crianças as operações de
somar e substituir. Pelo menos em sua forma primitiva e depois os chineses e
romanos aperfeiçoaram.
Então
uma variedade de ábacos foram desenvolvidos, o mais popular utiliza uma
combinação de dois númerosbase (2 e 5) para representar números decimais. Mas
os mais antigos ábacos usados primeiro na Mesopotâmia e depois na Grécia e no
Egipto por escrivães usavam números sexagesimais e representados por factores de 5,2,3 e 4 por
cada dígito.
A
palavra ábaco é originária do Latim abacus,
e esta veio do grego abakus. Esta era
um derivado da forma genitiva abax
(tábua de cálculos). Porque abax
tinha também o sentido de tábua polvilhada com terra ou pó, utilizada para
fazer figura geométrica, alguns linguistas especulam que tenha vindo de uma
língua semítica.
Construção
e utilização do ábaco
Cada
bastão contém bolas móveis, que podem ser movidas para cima e baixo. Assim, de
acordo com o número de bolas na posição inferior temos um valor representado.
Pode haver variações, onde se fazem divisões na moldura e o número de bolas é
alterado.
Ábaco
é uma estrutura com hastes metálicas divididas em duas partes, das quais um tem
duas contas e a outra, cinco contas, que deslizam nestas hastes. Os ábacos
orientais dispõem em varas verticais divididas em dois com as contas sobre a
barra tendo o valor cinco vezes superior aos das contas a baixo. O suanpan
chinês dispõe de duas contas acima da barra ou divisor e cinco a baixo. O
moderno soronban japonês por outro lado, tem uma conta acima e quatro abaixo do
divisor.
Algumas hastes podem ser reservadas pelo
operador para armazenar resultados intermediários. Desta forma, poucas guias
são necessárias já que o ábaco é usado como um reforço de memória enquanto o
usuário faz as contas de cabeça.
Tipos de ábaco
Ábaco mesopotâmico
O
primeiro ábaco foi quase de certeza construído numa pedra liza coberta por
areia ou pó. Palavras e letras eram desenhadas na areia, números eram
eventualmente adicionados e bolas de pedra eram utilizadas ajuda nos cálculos.
Os babilónios utilizavam este ábaco em 27002300 a.C. A origem do ábaco de
contar com bastões é obscuro, mas a índia, a Mesopotâmia e o Egipto são vistos
como prováveis pontos de origem. A China desempenhou papel importante no
desenvolvimento do ábaco.
Ábaco babilónio
Os
babilónios podem ter utilizado o ábaco para operações de adição e subtracção.
No entanto, este dispositivo primitivo provou ser difícil para a utilização m
cálculos mais complexo
Algumas
pessoas conhecem um carácter do alfabeto cuneiforme babilónio que pode ter sido
derivado de uma representação do ábaco. Por isso esse ábaco é muito importante.
Ábaco egípcio
O
uso do ábaco no antigo Egipto é mencionado pelo historiador grego Crabertotous,
que escreve sobre a maneira do uso de discos(ábaco) pelos egípcios, que era oposta
na direcção quando comparada com o método grego. Arqueologistas encontraram
discos antigos de vários tamanhos que se pensam terem sido usados como material
de cálculo. No entanto, pinturas de parede não foram descobertas, espalhando
algumas dúvidas sobre a intenção de uso deste instrumento.
Ábaco grego
Uma
tábua encontrada na ilha grega de Salamina em 1846 data de 300 a.C., fazendo
deste o mais velho ábaco descoberto até agora. É um ábaco mármore de 146 cm de
comprimento, 75 cm de largura e de 4,5 cm de espessura, no qual existem 5
grupos de marcações. No centro da tábua existe um conjunto de 5linhas paralelas
igualmente divididas por uma linha vertical, tampada por um semicírculo na
intersecção da linha horizontal mais ao canto e alinha vertical única. Debaixo
destas linhas, existem um espaço largo com uma rachadura horizontal a
dividilos. Abaixo desta rachadura, existe outro grupo de onze linhas
paralelas, divididas em duas secções por uma linha perpendicular a elas, mas
com o semicírculo no topo da intersecção, a terceira, sexta e nona linhas estão
marcadas com uma cruz onde se intersectam com a linha vertical.
Ábaco romano
O
método normal de cálculo na Roma antiga, assim como na Grécia antiga, era mover
bolas de contagem numa tábua própria para o efeito. As bolas de contagem
originais denominavamse calculi.
Mais tarde, e na Europa medieval, os jetons
começaram a ser manufacturados. Linhas marcadas indicavam unidades, meias
dezenas, dezenas, etc, com numeração romana. O sistema de contagem contrária
continuou até á queda de Roma, assim como na Idade Média e até ao século XIX,
embora já com uma utilização mais limitada.
Em
adição ás mais usadas bolas de contagem frouxas, várias espécimens de um ábaco
romano foram encontrados. Tem oito longos sulcos contendo até 5 bolas em cada 8
sulcos menores.
Nos
sulcos menores, o sulco marcado I marca unidades, o X dezenas e assim
sucessivamente até aos milhões. As bolas nos sulcos menores marcamos cincos
cinco unidades, cinco dezenas, etc. Essencialmente baseado na numeração romana.
As duas últimas colunas de sulcos serviam para marcar as subdivisões da unidade
monetária.
Ábaco indiano
Fontes
do século I, como a Abhidharmakosa,
descrevem a sabedoria e o uso do ábaco na índia.
Por
volta do século V, escrivães indianos estavam já á procura de gravar os
resultados do ábaco. Textos hindus usavam o termo shunya (zero) para indicar a coluna vazia no ábaco.
Ábaco chinês
Habitualmente,
um suanpan tem cerca de 20 cm de
altura e vem em várias larguras, dependendo do fabricante.
Tem
habitualmente mais de sete hastes. Existem duas bolas em cada haste na parte de
cima e cinco na parte de baixo, para números decimais e hexadecimais.
As
bolas são habitualmente redondas e feitas de madeira. As bolas são contadas p+or
serem movidas para cima ou para baixo.
Ábaco dos nativos americanos
Algumas
fontes mencionam o uso de um ábaco chamado nepohualtzintzin na antiga cultura
azeteca. Este ábaco meso americano utiliza um sistema de base 20 com 5 dígitos
Os
quipu dos Incas era um sistema de cordas atadas usado para gravar dados
numéricos, como varas de registo avançadas, mas não era usadas para fazer
cálculos. Os cálculos eram feitos utilizando uma yupana (quechua para tábua de
contar), que estava ainda em uso depois da conquista do Peru. O princípio de
trabalho de uma yupana é desconhecido, mas, em 2001, uma explicação para a base
matemática desde instrumento foi proposta. Por comparação á forma de várias
yupanas, os investigadores descobriram que os cálculos eram baseados na sequência
Fibonnaci.
Ábaco escolar
Em
todo o mundo, os ábacos têm sido utilizados na educação infantil e na educação
básica como uma ajuda ao ensino do sistema numérico e da aritmética.
O ábaco escolar é vulgarmente usado para
representar números sem uso do lugar da ordem dos números. Cada bola e cada fio
têm exactamente o mesmo valor e, usado desta maneira, pode ser também usado
para representar números até 100.
A
vantagem educacional mais significante em utilizar o ábaco, ao invés de bolas
ou outro material de contagem, quando se pratica a contagem ou a adição
simples, é que isso dá aos estudantes uma ideia dos grupos de 10 que são a base
do nosso sistema numérico. Mesmo que os adultos tomem esta base de 10 como
garantida, é na realidade difícil de aprender. Muitas crianças de 6 anos
conseguem contar até 100 de seguida com somente uma pequena consciência dos
padrões envolvidos.
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